Pode não parecer, mas acredite: muitos homens se questionam se masturbação faz mal à saúde. Isso acontece porque, apesar de ser um hábito comum na vida de todos desde a adolescência, ainda há quem a considere um tabu e acabe deixando de pesquisar e entender mais a respeito dessa prática e das consequências dela — algo que acontece, inclusive, quando vão ao médico. Acredita?

Pensando nisso, reunimos, no post de hoje, algumas das principais questões envolvendo o tema e tudo o que você precisa saber do ponto de vista clínico para sanar suas inquietações a respeito dele. Acompanhe!

Masturbação faz mal à saúde?

Para começar, vamos direto ao ponto: masturbação faz mal à saúde? A resposta é não. Por isso, se você também fica inquieto com essa questão, pode ficar mais tranquilo e despreocupado a partir de agora!

Aliás, vale ressaltar que, além de não causar nenhum efeito fisiológico, masturbar-se frequentemente (cerca de, pelo menos, 21 vezes ao mês) auxilia a reduzir o risco de câncer de próstata, como aponta um estudo realizado pela Escola de Saúde Pública da Universidade de Boston, que foi publicado no jornal European Urology.

O motivo disso é que ela contribui diretamente para fortalecer o sistema imunológico. Outro questão importante é que atingir o orgasmo por meio desse hábito está diretamente relacionado ao seu bem-estar e à felicidade, uma vez que diminui os níveis de estresse e ansiedade no organismo e ainda provoca relaxamento.

Ela pode se tornar um vício?

Há pouco, falamos como a masturbação não afeta à sua saúde física. Contudo, o aspecto psicológico é diferente e muito mais complexo. Para se ter ideia, embora sejam casos raros, é possível, sim, que esse hábito se torne um vício. “Mas como isso pode acontecer?”, você deve estar se perguntando.

Bem, para chegar a desenvolver uma compulsão, normalmente estão envolvidos diversos problemas e conflitos que estão afetando seus relacionamentos, a sua capacidade de socializar e, consequentemente, sua vida sexual.

Com isso, a masturbação se torna uma válvula de escape e o prazer muitas vezes não está nem mesmo em chegar até o final e ejacular, mas, sim, na quantidade exagerada de vezes em que você realiza o ato ao longo do dia e nas mais diferentes (e estranhas) ocasiões em que ele ocorre, como no ambiente de trabalho, na casa de familiares, em locais públicos etc.

Portanto, caso perceba que a sua qualidade de vida está sendo drasticamente afetada ao ponto de você deixar de cumprir com compromissos e afazeres apenas para se masturbar, é fundamental procurar ajuda com um psicólogo.

Há consequência em se masturbar em excesso?

Praticamente já respondemos essa dúvida quando falamos sobre o estudo na primeira questão, não é verdade? Ou seja, não há nenhum efeito negativo para a sua saúde física. O que pode acontecer caso você se masturbe excessivamente em um único dia é a quantidade de sêmen que é liberada em cada ejaculação ficar menos consistente e diminuir — assim como o nível de espermatozoides contidos nele.

Contudo, é preciso ficar alerta: a glande tende a ficar ressecada se ocorrem constantes repetições desse ato sem pausas devido à menor liberação do líquido seminal — que é responsável pela lubrificação da área. Logo, um manuseio incorreto do pênis pode causar atritos e irritações.

Masturbar-se pode interferir no relacionamento?

Isso é relativo. Por exemplo, se você está passando por problemas no casamento, o relacionamento está monótono, não dispõe mais de tanto tempo como gostaria para investir no convívio a dois e a vida sexual está, cada vez mais, tornando-se inexistente, a masturbação pode, indiretamente, contribuir para manter ou agravar essa situação.

Afinal de contas, você tem uma forma simples, eficiente e menos trabalhosa de obter prazer quando, como e onde quiser, não é mesmo? Porém, masturbar-se também pode ser, caso você e sua mulher desejem, uma forma de redescobrir a relação conjugal. Um verdadeiro exercício conjunto em que ambos se permitem tocar e sentir um ao outro para que os dois voltem a ter a cumplicidade e a parceria de antes.

Ela influencia no desempenho sexual?

Sim e não. Sim, porque permite que você conheça melhor o seu próprio corpo, descubra os chamados pontos erógenos — áreas que proporcionam prazer ao serem tocadas e estimuladas — e use e abuse da criatividade para imaginar aquilo que realmente o excita. Isto é, ajuda-o a fantasiar sem amarras ou medos.

Além disso, masturbar-se facilita um controle maior sobre o tempo que leva para a ejaculação. Isso porque é possível testar e avaliar quais movimentos e velocidades são responsáveis por retardá-la ou mesmo acelerá-la. Já a negativa é porque, quando se trata da performance em si, a prática não ajuda nem atrapalha.

Na realidade, o seu desempenho na cama está muito mais relacionado ao tesão que você sente pela sua parceira e ao estado do seu psicológico (se relaxado, estressado, nervoso etc.) para se permitir experimentar novas posições, fetiches, lugares inusitados, entre outros.

E quanto à ereção, a masturbação pode dificultá-la?

Não há absolutamente nenhuma relação entre masturbação e dificuldade de ereção — menos ainda um possível quadro de impotência. O que pode, de fato, afetar sua capacidade de se excitar e, consequentemente, provocar alguma disfunção sexual é — como já dissemos ao longo do post — o seu bem-estar emocional.

É só lembrar que grande parte do prazer, ao contrário do que se acredita, não está apenas no manuseio do pênis ou na penetração, mas, sim, na sua cabeça (a de cima).

Menos recorrente, mas também possível, é o motivo ser um fator físico, como algum problema de saúde que cause dor ou incômodo e impossibilite a ereção, como uma hérnia inguinal. Nesse tipo de caso, é indispensável se consultar com um urologista.

Como você viu, dizer que masturbação faz mal é um mito. Ao contrário, ela é uma prática benéfica para seu bem-estar e principalmente para a sua vida sexual. Por isso, não tenha medo de explorá-la!

E já que mencionamos a questão dos fetiches, aproveite para saber tudo a respeito de ménage à trois! Vamos lá!

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